Sem compromissos oficiais nessa janela de DATA FIFA, Brasil e Espanha utilizaram do período para realizar amistosos. Fora a seleção canarinho, La Furia disputou semana passada contra a Colômbia, em Londres, jogo no qual foram derrotados por 1×0 pelos Cafeteros. Já o Brasil venceu na catedral do futebol inglês, o Wembley, a seleção da casa por 1×0, o primeiro tento de Endrick com a camisa canarinho, consagrando a jovem promessa também como o jogador mais jovem a marcar no lendário estádio.
Sobre as seleções, o momento da Espanha é bom, com uma campanha tranquila nas Eliminatórias da Eurocopa e tendo sido vencedora da última UEFA Nation’s League. Coroa o bom trabalho do discreto Luis De La Fuente, técnico oriundo das seleções de base do time ibérico, desconhecido do grande público, em geral. No entanto, o elenco atual inspira pouco temor se comparados com os elencos que a campeã mundial de 2010 costumava ostentar na década passada. O destaque da equipe fica por conta de sua trinca de meias, talvez o único setor do time que tenha talento concentrado, com Rodri, Dani Olmo e Fabian Ruiz. Entretanto, sua zaga e ataque contam com jogadores muito veteranos que já não estão mais na crescente da carreira, a exemplo de Laporte, já fora do mercado europeu, atuando pelo Al Nassr, ou Morata, o eterno atacante limitado que, pela deficiência da posição no país desde Fernando Torres e David Villa, continua sendo utilizado na seleção, com a concorrência apenas de Joselu, que nada mais é que um Morata mais novo. As esperanças para o futuro espanhol ficam por conta dos 3 jovens oriundos da La Masia Gavi, Pedri e Yamal. Yamal deve jogar como titular. Pedri e Gavi passam por uma temporada difícil, com ambos os jogadores desfalcando o Barcelona em grande parte dela (Pedri passa por sucessivas lesões nos últimos anos e Gavi, com ruptura do menisco em novembro, fica de fora de toda essa temporada), e não figuram no elenco para o confronto de hoje.
O Brasil, todavia, desde a eliminação para a Croácia na Copa do Mundo do Qatar, não conseguiu achar sua melhor forma, pelo contrário, com sucessivas atuações apáticas e resultados lamentáveis nas mãos de Ramon Menezes e Fernando Diniz. Após a resolução da novela Ancelotti com a contratação de Dorival Jr., a expectativa é que, enfim, um trabalho mais funcional fosse desempenhado. Na estreia do treinador, um resultado chamativo ao vencer uma badalada seleção inglesa em casa numa atuação satisfatória, o que enche a expectativa do torcedor brasileiro para que a canarinho volte a figurar entre os principais atores do futebol internacional. Com uma escalação esperada como repetida, o Brasil vem com bastante confiança e expectativa para esse confronto contra uma desfalcada e freguês histórica seleção espanhola.
O jogo, que ocorrerá no Santiago Bernabéu, surge como uma infame resposta das federações às agressões raciais sofridas por Vinicius Jr. ao longos dos últimos meses. Não dá para prever como que esse fato afetará a partida, mas é crível que o Brasil certamente se doará um pouco mais para vencer o confronto nesse contexto.
De qualquer forma, considerando as disposições da equipe, o grupo brasileiro disponível parece ser superior ao espanhol nesse momento, sendo a linha asiática de +0,25 ofertada ao Brasil um atraente meio-green em caso de empate, uma boa consolação caso a vitória brasileira não venha. Ainda assim, é um AH +0,25 com ótimas perspectivas de full green. Vemos com valor essa linha. Fica aqui a sugestão da Grag Apostador.