Por Josiel Sandeski
No meio das apostas esportivas, o termo “gestão de banca” é bastante explorado e até desgastado, existem dezenas de artigos abordando esse tema. Muito se fala sobre a divisão da banca, sobre recálculo, sobre usar stake fixa ou variável, enfim, toda a parte técnica já foi bastante esmiuçada na nossa literatura.
Agora, um ponto que ainda pega muitos apostadores que estão iniciando a sua caminhada, e também alguns apostadores mais experientes e que ainda não é tão abordado, ou abordado de forma rasa, é a questão da validação/aplicação de um método.
Vejo muitos criadores de conteúdo batendo sempre na tecla de que é preciso validar um método antes de sair apostando “a vera”, e que para tal é preciso separar uma pequena banca fazer uma gestão e testar por meses, ou então nem apostar, apenas anotar as escolhas e ver o resultado. Realmente é algo válido, principalmente se o apostador nunca teve contato com o meio das apostas esportivas. Mas o ponto que quero chegar, esse método pode não ser eficiente para todos e não deve ser seguido como uma regra absoluta.
O que pega é uma velha conhecida.. a teoria é uma coisa, a prática é outra. Quando testamos métodos com valores baixos ou inexistentes podemos por vezes volumar apostas que não teríamos capacidade de operar com valores maiores, seja por questões técnicas, mas também por questões emocionais. Acontece muito de um método ser lucrativo a longo prazo, mas que passa por oscilações fortes de bons e maus momentos, e isso um apostador convencional de forma geral não está preparado para contornar, então todo aquele método validado por meses na prática é invalidado.
Não existe aqui uma forma ideal de atuar, isso vai variar sempre conforme o perfil psicológico e financeiro de cada apostador. Nos meus métodos, mesmo em testes, eu preciso que as perdas machuquem ao menos um pouco no bolso, pois assim terei uma ideia mais aproximada do que pode ser a prática, bem como me ajuda a corrigir potenciais erros no método mais rapidamente.
Josiel Sandeski é dono do broker T10 Broker, engenheiro mecânico de profissão, amante dos esportes e apostador profissional desde 2017.